Hoje falaremos sobre os DRONES DE COMBATE DOS EUA
Sua história, Drones e os tipos de operação que executam, suas principais características
e as polêmicas ao redor de sua utilização.
O primeiro drone de combate da história surgiu ainda durante a Segunda Guerra Mundial. Tratava-se do modelo alemão FX-1400, o qual era nada mais que uma bomba guiada à distância a partir do avião que a lançava. No que diz respeito aos EUA, foi na guerra do Vietnã que suas forças armadas iniciaram a utilização de drones.
A aeronave em questão chamava-se Firefly e era destinada a voos de reconhecimento sobre a região sudoeste asiática. Mas foi somente durante a Guerra do Golfo que os norte-americanos começaram a usar drones com a finalidade de combate. O Pioneer era uma aeronave impulsionada por um motor de apenas 26 cavalos de potência, porém equipada com armas.
Embora considerado um aparelho bastante rudimentar quando comparado com os atuais drones militares, esse avião revelou-se muito eficiente, sobretudo devido ao terror que despertava nos soldados iraquianos. Tendo em vista os bons resultados apresentados durante a campanha de expulsão das tropas de Saddam Hussein, o Departamento de Defesa dos EUA passou a investir fortemente em pesquisas sobre outras aeronaves não tripuladas.
Foi na Guerra ao Terror, iniciada logo em seguida aos atentados de 2001, que a nova geração de drones pôde justificar os bilhões de dólares gastos em seu desenvolvimento. Embora no início dos conflitos a utilização do MQ-1 Predator tenha praticamente ficado restrita a operações de inteligência, vigilância e reconhecimento, ao longo do tempo o aparelho consolidou sua extraordinária habilidade de localizar e eliminar alvos. Essa aeronave, em serviço até hoje em dia, vinha equipada com duas câmeras. Ela é capaz de registrar imagens térmicas e outra com precisão suficiente para ler uma placa de carro a mais de três quilômetros de distância.
Transportava dois misseis Hellfire e podia voar a quase 8 mil metros de altitude por cerca de 40 horas ininterruptas. Alguns anos mais tarde foi lançado o Gray Eagle, uma versão ligeiramente maior, mais mortífera e com desempenho superior ao Predator.
Entretanto, o grande salto de qualidade nesse tipo de drones ocorreu em 2007, com o lançamento do Predator B ou Reaper. Essa nova aeronave atingia o dobro da altitude e da velocidade da primeira versão, além de ser capaz de carregar quatro vezes mais munição e de possuir um sistema de câmera inteligente, qualificado para reconhecer e classificar tanto seres humanos quanto pegadas, rastros de pneus e até mesmo armadilhas explosivas.
Paralelamente às missões de caça e eliminação de terroristas, a capacidade ofensiva dos veículos aéreos não tripulados também se mostrou bastante útil na destruição de sistemas de defesa antiaérea, como ocorreu durante a Guerra do Iraque em 2003. Ademais, o apoio que fornecem à infantaria e à artilharia contribui muito para justificar seu uso.
No entanto, ainda que demonstre diversos pontos positivos, a utilização de drones com capacidade de ataque está imersa numa grande polêmica. Seus defensores argumentam que o fato de não provocarem a morte de tripulantes e de serem mais baratos que as aeronaves convencionais indica a enorme vantagem de seu emprego.
Por outro lado, seus opositores alegam serem justamente o controle à distância e a possibilidade de executarem algumas missões de forma autônoma, os fatores preocupantes acerca dessas aeronaves. Desse modo, enquanto os primeiros defendem que seu uso implica maior precisão nos ataques e menor número de vítimas (seja entre as forças militares que as empregam ou entre os civis), os críticos consideram precisamente o oposto.
Em todo caso, como vários especialistas da área apontam, ainda não há evidências suficientes para comprovar que lado estaria correto sobre a citada controvérsia. Mesmo enquanto essas especulações não são confirmadas nem refutadas, já podemos ter uma certeza: os drones não substituirão completamente os caças e os bombardeiros tripulados num futuro próximo.
Sem dúvida um fator essencial para a expansão ou não do uso dessas máquinas repousa sobre a questão do avanço tecnológico necessário, quer para o aumento da precisão de seus ataques, quer para a redução do alto índice de falhas mecânicas que esses equipamentos ainda exibem – vinte vezes maior que aquela apresentada por aeronaves tripuladas.