sexta-feira, abril 19, 2024
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Como fazer empréstimos em DeFi usando criptomoedas?

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Para quem está acostumado a bater lá no banco para fazer Empréstimos, existe outra forma você sabia?

 

Isso pode parecer coisa de outro mundo, mas, nas finanças descentralizadas, pegar empréstimos usando protocolos de livre acesso, sem intermediários, e de código aberto já é uma realidade.

 

Como fazer empréstimos em DeFi usando cripto moedas?

 

Inclusive os sistemas descentralizados estão mudando a forma com a gente se relaciona com as finanças. Um exemplo disso são os empréstimos relâmpago, ou flash loans, que permitem operações que levam poucos segundos e sem precisar dar nenhuma garantia. Hoje a gente vai falar sobre Aave e Compound, dois protocolos de DeFi que rodam em blockchain ethereum, e que permitem a emprestar e pegar emprestado criptomoedas de forma rápida e sem burocracia.

 

 

Então bora entender como tudo isso funciona. As aplicações de finanças descentralizadas vem crescendo muito desde 2020. Hoje, cerca de setenta e oito bilhões de dólares tão travados em DeFi. E esse número segue subindo, e de todas essas aplicações, os empréstimos descentralizados vem chamando muito a atenção.

 

No mundo centralizado dos bancos, os empréstimos são as operações mais comuns e importantes. É emprestando que as instituições financeiras ganham dinheiro, cobrando juros sobre o dinheiro emprestado. E outra operação importante é atrair liquidez, através da oferta de papéis que pagam juros para quem emprestar dinheiro para o banco. Através dos CDBs, letras de crédito ou até dos fundos.

 

Existem, então, os credores que emprestam para o banco e os mutuários quem pega emprestado, mas em DeFi esse processo é muito diferente… a negociação é registrada em um smart contract, um contrato automatizado em uma blockchain pública, mais comumente em blockchain ethereum. E esses contratos eles não permitem que as criptos mudem de mãos até que as condições acordadas sejam atendidas.

 

Outro detalhe é que esses empréstimos  descentralizados não solicitam dados nenhum e nem requerem permissão de terceiros. Ou seja, eles funcionam sem bancos ou sem qualquer outro intermediário, eles são de livre acesso. E Aave e Compound estão no topo da lista dos protocolos mais usados em DeFi, cada um deles tem aproximadamente 10 bilhões de dólares trancados, eles estão em segundo e terceiro lugar em captalização de mercado o segundo DeFi Pulse.

 

Esses protocolos eles criam pools, grupos de liquidez e juntam várias pessoas que querem colocar as suas criptos que estavam lá paradas para render juros emprestando para outras pessoas. São desses pools que os mutuários pegam emprestado e tanto Aave quanto Compound são tokens ERC20 e são token de governança, eles proporcionam poder de voto nas atualizações sugeridas pelos desenvolvedores para esses protocolos.

 

E você também encontra Aave e Compound lá no Mercado Bitcoin; tem um link aqui para te ajudar abrir a sua conta gratuita e começa a interagir com esse tokens de empréstimos DeFi.

 

Desses empréstimos DeFi quem empresta para o protocolo, ao invés de receber um contrato ou um título como seria no mercado financeiro tradicional, a pessoa recebe um token que representa o valor emprestado para o protocolo mais os juros, tudo seguindo aí a negociação que ficou registrada lá no contrato inteligente.

 

Por exemplo no protocolo Aave, você recebe a AToken, e no Compound você recebe CToken, você pode guardar esses tokens que representam o direito de receber os seus tokens de volta, mais os juros desse empréstimo descentralizado.  E você pode guardar esses tokens e uma carteira cripto ou até negociar com outras pessoas e essa pessoa pode ter de volta o valor aportado.

 

Então vamos supor que você emprestou para um protocolo você vai receber  uma quantidade de CETH se for via protocolo Compound ou AETH se for via protocolo Aave, que representa uma garantia da operação. Esses 10ETH não vão poder ser movimentados enquanto estiverem sendo usados como garantia, eles ficam na sua carteira, mas travadas pelo protocolo.

 

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E a gente pode até trazer mais conteúdos e dicas de carteiras DeFi que você pode usar para fazer essas operações nesses protocolos descentralizados. Então esses tokens CETH ou AETH eles vão ser usados depois para você poder resgatar os ETH, os 10ETH, que você deixou travado no protocolo junto com seus juros, e do outro lado da operação quem pega emprestado também precisa deixar uma garantia.

 

Assim como do banco tradicional se você  quer pegar um financiamento você pode deixar de garantia a sua casa, carro, ou até outros ativos, quem pega empréstimo em DeFi também vai precisar deixar uma garantia.

 

Isso acontece através de uma operação chamada sobrecolaterização e essa garantia precisa ser de um valor maior do que você quer pegar emprestado por exemplo se você quiser pegar $1000 em DAI uma stable de dólar, você vai precisar deixar $1300 em ethers como garantia, essa margem ela é necessária para compensar a oscilação do preço dos tokens Ether e ter uma margem de segurança para o protocolo.

 

Mas aí vem a pergunta: qual o sentido de tomar um empréstimo se você precisa fornecer tokens que valem mais do que o valor de empréstimo que você pegou de volta? Porque simplesmente não vender esses ethers e trocar por Dai? Então, esse tipo de operação é muito comum quando se tem despesas, e não se quer vender as suas criptos.

 

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Se você tem uma despesa e eu posso pagar em Dai e eu também tenho um valor em Ether parado, e eu não quero me desfazer desses ethers, eu posso colateralizar esses eth e dar como garantia. E assim eu pego Dai emprestado.

 

É como você precisar de grana e ter um bem um carro uma casa como patrimônio você não quer vender a sua casa e nem o seu carro então você pode dar esses bens como garantia num financiamento, por exemplo, você não precisa vender. E em DeFi é a mesma coisa, só que ao invés de ser a casa, ou carro, como garantia são os seus tokens ethers, ou outros tokens que você queira colateralizar. Tá mas é que existe um valor limite que eu posso pegar emprestado?

 

Isso vai depender se os fundos estão disponíveis do protocolo do tamanho da garantia que você quer dar, lembra que a garantia tem que ser sempre maior do que o valor que você vai pegar emprestado. Então quanto mais você precisar pegar emprestado, maior a sua garantia vai precisar ser. Além disso, se o valor da garantia cai abaixo do nível exigido por causa da volatilidade de preço você também pode ter a sua garantia liquidada para que o protocolo reembolse o valor emprestado. Tudo automaticamente.

 

Outra grande diferença nos empréstimos DeFi é que você não tem um tempo limite para liquidar as operações e o retorno é calculado em APY, ou annual percentage per year, ou porcentagem anual por ano, a taxa de juros é calculada de acordo com o número de blocos que se passaram desde que você assinou o smart contract, e isso transforma tudo, porque o cálculo da taxa de juros anual possa ser medido em blocos da blockchain, e não mais no nosso tempo cronológico do relógio.

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As operações mais antigas, de blocos anteriores, vão acumular um retorno maior e as operações mais recentes vão acumular um retorno menor. Assim como acontece no mercado financeiro tradicional onde os títulos que você consegue segurar por mais tempo pagam mais juros que os títulos com liquidação diária por exemplo.

 

A cada bloco ethereum, a taxa de juros aumenta em relação ao capital fornecido. Isso também significa que os empréstimos e DeFi fornecem taxa de juros variáveis e dependem também da demanda por esses empréstimos.

 

Beleza, e agora que a gente já falou quase tudo de Aave e Compound, tudo que eles têm em comum, agora vamos as diferenças entre esses dois protocolos.

 

No protocolo Aave, as taxas de juros são estáveis no curto prazo mas elas podem mudar sim no longo prazo para acomodar e as mudanças em relação à oferta e demanda entre tokens. Aave também oferece  empréstimos relâmpagoo, os flash loans, onde os usuários podem pedir fundos sem garantia inicial  por um período extremamente curto de tempo, uma transação ethereum por exemplo.

 

Esse tipo de  operação permite explorar a diferença de preço entre as diferentes exchanges descentralizadas de criptomoedas, comprando e vendendo ativos rapidamente e lucrando aí com a diferença de preço. É por causa desse tipo de operação ultra-rápida que ele se destacou no mundo DeFi. E nesse caso é possível até pegar grandes quantidades emprestado sem ter o valor para dar como garantia.

 

Se o empréstimo DeFi não for reembolsado um emprestado vai ser devolvido e substituído na transação original por uma transação zero, ou seja só funciona quando o cálculo é lucrativo, senão operação é cancelada. Essa oportunidade de arbitragem mega rápida e sem garantia seria impensável no mercado financeiro tradicional.

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Mas existem dois riscos que você tem que observar ao fazer operações de empréstimos em DeFi:

 

  • O primeiro é que você pode acabar sendo liquidado antes do esperado por causa justamente da oscilação de preço nos tokens.
  • O segundo risco é que, em operações DeFi não existe custódia, o que significa que se você emprestar criptomoedas protocolo as suas criptos vão sim permanecer na sua carteira.

 

A plataforma não assume a posse delas, isso por um lado elimina o risco de custódia que existem nas plataformas centralizadas, só que por outro lado o risco desse tipo de operação está justamente no algoritmo falhar e de alguma forma o sistema ser hackeado e pegar a grana de todo mundo. Por isso não é um tipo de operação para você fazer com todo o seu patrimônio cripto.

 

Se você quer ganhar juros emprestando as suas criptos, defina um montante específico para dimensionar o risco ao qual você topa se expor. Porque nesse tipo de operação não tem nenhum tipo de órgão centralizado, como um FGC, dando garantias e assim como tudo no mundo descentralizado é preciso ter auto responsabilidade e saber assumir os riscos por conta própria, e estudar também os protocolos antes de começar a mexer.

 

Então os empréstimos em DeFi proporcionam operações que estão revolucionando o mercado financeiro e apesar de estar em fase inicial esses protocolos já cresceram bastante. DeFi nas mais diversas blockchains é que talvez vá flipar o mercado financeiro tradicional.

 

Então bora acompanhar tudo isso juntos!

Um abraço e ate próxima, tchau!

Gisleini Cipriani
Gisleini Cipriani
Publisher, Redatora, amante de filmes romanticos e histórias de amor. Gosto de tudo que envolve a arte e a moda, decoração e dicas de casa.

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